POESIAS

DESESPERO

Um dia vou sair por ai
Achar o teu caminho
Separar tuas pegadas
E direciona-las a mim

Nesta hora quero
Em tua direção andar
Descobrir os teus segredos
E a forma de te amar

Vem! Pedaço de mim.
Me completar por inteiro
Abraçar-me com ternura
E sentir meu desespero

Vem! Vem ler nos meus olhos
A poesia que arranquei de mim
Conhecer meu sentimento
E saber, que não vivo mais sem ti.


João Santos





FANTASIA

A mulher adultera
me incita a fazer sexo

A prudente
a fazer amor

Com a primeira
sinto desprezo

A outra
já sinto sabor

A primeira
me ensina a ser macho

A outra
a ser vagabundo

Veja a
inversão de valor

Poderia ser diferente
amor com a adultera

Sexo com
a prudente

A uma
levaria flores

A outra
um vídeo kaliente


João Santos


PUNIÇÃO


O teu olhar
que me incomoda
tuas vestes
fora de moda

Tua pele nua
que se esconde pouco
no tecido de cetim

Mais parece
a pluma crua
tão macia, tão tua

Minhas mãos
parecem preparar
tua alma
que aceita a invasão
sem calma

Teu gemido
faz pulsar meu peito
que procura teu corpo
um pouco sem jeito

Possuindo-te
no silencio da noite
da noite negra
que me conduz
ao teu gozo

E num gesto
de pecado com gosto
recebo a punição
disposto
a pecar outra vez



João Santos


TEU BEIJO


Saudades
Do seu beijo
Puro, Ardente, Imaculado

Saboroso, Não Pintado
Doce, Seco
Molhado

Gosto de Mel
De Vida
De Céu

Gosto de Fruta Suculenta
Sabor que
Não se inventa

Lábios Rosados
Carnudos
Ousados

Ataca
Se defende
E me chama

Através
Da
Saudade.



João Santos



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